Cuidadores de Idosos com AVC ou Derrame Cerebral

O Acidente Vascular Cerebral – AVC – decorre da alteração do fluxo de sangue no cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

Existem, contudo, fatores que podem facilitar o desencadeamento de um AVC e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver o AVC. Características genéticas como a raça negra e a história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de AVC.

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*Os custos serão enviados via e-mail e/ou comunicados na visita inicial.

Parte importante do tratamento, o processo de reabilitação muitas vezes começa no próprio hospital, afim de que o paciente se adeque mais facilmente a sua nova situação e restabeleça sua mobilidade, habilidades funcionais e independência física e psíquica. Esse processo ocorre quando a pressão arterial, o pulso e a respiração estabilizam, muitas vezes um ou dois dias após o episódio de Acidente Vascular Cerebral.

Um dos focos iniciais é evitar a espasticidade, rigidez nos músculos que pode provocar deformações que impedem o paciente de executar alguns movimentos. Essas deformidades formam-se a partir de posturas erradas devido à dificuldade de movimento.

O processo de reaprendizagem exige paciência e obstinação do paciente e, também, do seu cuidador que tem uma função extremamente importante durante toda a reabilitação. Ele é fundamental e o responsável por dar os remédios nas horas corretas, em vista da possibilidade de esquecimento decorrente de alterações na memória.

Muitas técnicas de reabilitação baseiam-se na plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de destacar células nervosas sadias para realizar funções de células danificadas. Com isso, é possível uma boa recuperação dos membros lesionados.

Outro aspecto de considerável importância é a reintrodução no indivíduo no convívio social, seja por meio de leves passeios, compras em lojas ou quaisquer atividades comuns à rotina normal do paciente.  Essa orientação é fornecida pela terapia ocupacional, muito importante na reabilitação do paciente.

A maioria dos fatores de risco para AVC são passíveis de intervenção e, portanto, suscetíveis a um tratamento preventivo: a chamada prevenção primária.

Entre os fatores de risco que podem ser modificados, destacam-se:

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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, tais como:

Outros sintomas do acidente vascular isquêmico são tontura e perda de equilíbrio ou de coordenação. Os ataques isquêmicos podem se manifestar também por meio de alterações na memória e na capacidade de planejar as atividades diárias, bem como pelo surgimento da negligência. Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção visual e auditiva para o lado oposto, em detrimento do afetado.

 

Aos sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral, podem-se acrescer náuseas, vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência. O acidente vascular hemorrágico subaracnóideo, por sua vez, comumente é acompanhado por sonolência, alterações nos batimentos cardíacos e na frequência respiratória e, eventualmente, convulsões.

Quanto mais cedo o paciente for atendido, melhor o prognóstico e maiores as chances de sobrevivência.

 

Um importante avanço no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico foi o desenvolvimento de novas terapias capazes de dissolver o coágulo − como os trombolíticos − e restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro. Alguns tratamentos funcionam melhor se administrados até três horas após o início dos sintomas. O tratamento da hemorragia cerebral também é mais eficiente quando o paciente é atendido nas primeiras horas.

 

Infelizmente, a maioria dos pacientes não chega ao hospital em tempo de receber essas terapias. De qualquer modo, todo paciente deve ser encaminhado ao hospital o mais rapidamente possível, a fim de receber tratamento apropriado. Os procedimentos diagnósticos realizados no hospital são fundamentais para diferenciar o AVC de outras doenças igualmente graves e com sintomas semelhantes.

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AVC: Indício de outras doenças

Em pessoas que já sofreram um AVC, há a possibilidade de existirem outras artérias, de diferentes partes do organismo, com coágulos e predisposição ao entupimento. Por isso, elas possuem maiores chances de desenvolverem outros problemas de saúde. Essa é uma das conclusões do registro observacional REACH, que vem sendo conduzido em mais de 68 mil pacientes em 44 países do mundo, inclusive no Brasil, para avaliar o perfil de risco de pacientes com alta probabilidade de sofrer eventos aterotrombóticos, como infarto agudo do miocárdio, AVC e doença arterial periférica.

O registro mostrou que, dos 19 mil pacientes avaliados que sofreram derrame, 40% também tiveram problemas em outras regiões vasculares, como no coração e nos pulmões. Um levantamento feito pela International Stroke Society (ISS) aponta para a mesma direção. Cerca de 15% dos pacientes que tiveram um AVC poderão falecer ou ser hospitalizados em decorrência de problemas nas artérias, como infarto ou um novo AVC, num período de um ano.

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